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Roma: Monarquia e República (Texto 4)
Adaptado: COTRIM, Gilberto. História Global. Brasil e Geral. Editora Saraiva. São Paulo, 2010.
Vol. 1
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Roma: Monarquia e República (Texto 4)
Origem
de Roma - Originalmente, a península itálica era ocupada por povos autóctones.
Povos indo europeus vindos da Ásia central instalaram-se em diversos pontos da
península. Conhecidos nessa região como italiotas, eles se dividiam em sete
tribos: Sabinos, Úmbrios, Équos, Oscos, Volscos, Samnitas e Latinos. A partir
do primeiro milênio a.C os etruscos - povo de origem desconhecida – se fixaram
na margem direita do rio Tibre. Por essa época, os latinos fundaram uma aldeia
no monte palatino, que por ser um lugar de entroncamento de rotas comerciais
que cruzavam a península, a aldeia passou a atrair pessoas de outras regiões,
por volta do século VII a.C, os etruscos invadiram o Lácio e impões seus
costumes, unificaram todos os vilarejos em torno uma única e grande cidade:
Roma
Monarquia
- Uma
vez unificada, Roma passou a ser governada por um rei - pertencentes do grupo
dos patrícios. Seus poderes eram absolutos: governava a cidade comandava o
exercito, exercia funções de juiz e conduzia cerimônias religiosas. Como a
monarquia de Roma não era hereditária, quando um rei morria cabia aos senadores
escolher um substituto. Em 509.a.C, durante o governo do rei etrusco Tarquínio
II, os patrícios, como o apoio da plebe, expulsaram os etruscos do Lacio. Ao
mesmo tempo a monarquia é extinta e substituída pelo um sistema de governo
conhecido com república.
República
de Roma - As instituições básicas da República eram o Senado, as Magistraturas e a
Assembléia Centuriata. O Senado era o órgão principal de governo, composto
pelos patrícios mais ilustres. Conduzia a política interna e externa. Escolhia
os magistrados e controlava o tesouro público. Os senadores eram vitalícios,
mas não hereditários. Os magistrados exerciam o poder executivo. Os mais
importantes entre eles eram os cônsules eleitos anualmente para cuidar das
principais questões administrativas e do comando do exército. Havia também
diferentes assembléias. As mais importantes era a Tribal, que elegia alguns
magistrado e a Centuria, que elegia os cônsules e decidia sobre guerra e paz.
Patrícios e Plebeus - O monopólio do poder pelos patrícios acarretou problemas para a plebe:
constantes mobilizações para a guerra, impostos elevados, endividamento e
escravidão por dívidas. Para os patrícios, a guerra trazia espólios em terras e
escravos. Insatisfeitos os plebeus se recusaram a participar das campanhas
militares e passaram a exigir em assembléia diversa alteração e na sociedade,
como a criação de cargos de magistrados encarregados de defender seus
interesses. Os patrícios, interessados em conquistar Lácio, precisavam dos
plebeus, propondo, assim, a criação de um pretório que protegesse a plebe: o
Tribunato da Plebe. Após esse período, surgiu uma série de leis escritas entre
as quais poderemos citar: Lei das Doze Tábuas - em 450 a.C., que constituiu um
dos fundamentos do direito romano, Lei Canuléia - em 445 a.C., que garantiu
direitos civis iguais, Lei Licínia - em 366 a.C., que aboliu a escravidão por
dívida.